À luz dos ataques estadunidenses ao Irã: Declaração Emergencial do Instituto Schiller e a Organização LaRouche:

 Haverá fogos de artifício termonucleares para o Dia de Independência dos EUA?

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Helga Zepp-LaRouche, fundadora do Instituto Schiller, afirmou en 22 de junho: “Como o ataque não provocado ao Irã, primeiro por Israel e depois pelos Estados Unidos, não só está destruindo o sistema de direito internacional, mas também nos coloca em um caminho rumo à Terceira Guerra Mundial, estou convocando todas as pessoas de boa vontade em todo o mundo a publicar e divulgar esta declaração da Organização LaRouche nos Estados Unidos, de todas as formas possíveis, e nos ajudar a mobilizar um movimento internacional unido pela paz em todos os países do planeta”.

22 de junho de 2025 — A sua vida, em poucos dias ou semanas, pode terminar em uma “guerra termonuclear acidental”, desencadeada pelo lançamento de um dispositivo nuclear tático no Irã, seja por um Israel renegado, pelos Estados Unidos, ou por Israel com o consentimento dos Estados Unidos. O que acontecerá a seguir será determinado pelos relatórios sobre o sucesso ou fracasso da destruição dos alvos dos ataques já feitos.

A questão que se coloca é o seguinte: se os alvos não forem destruídos, ou se o Irã anunciar que é capaz de reconstruí-los, o que acontecerá então? O uso de armas nucleares táticas será o próximo passo?

A força motriz por trás desses eventos não está no “Oriente Médio”. Está na mudança global do poder econômico, que está se afastando das nações falidas da “Anglosfera” transatlântica da OTAN, habitadas pelo “bilhião dourado”, para os outros sete bilhões de pessoas no mundo, representadas pelas nações do BRICS. O Irã, membro do BRICS, quer energia nuclear, não armas nucleares. A intenção do Partido da Guerra é usar os Estados Unidos, outrora uma nação anti-imperialista, como um aríete contra os BRICS, começando pelo Irã.

Com seu ataque ao Irã, os Estados Unidos rejeitaram o que seu maior diplomata, o presidente John Quincy Adams, caracterizou como sua própria natureza: “(Os Estados Unidos) não vão ao exterior em busca de monstros para destruir... Eles sabem muito bem que, ao se alistarem sob outras bandeiras que não a sua... eles se envolveriam, sem poder se livrar, em todas as guerras de interesse e intriga... As máximas fundamentais de sua política mudariam insensivelmente da liberdade para a força... Eles poderiam se tornar os ditadores do mundo. Eles não seriam mais os governantes de seu próprio espírito.” Ao quebrar sua promessa de manter os Estados Unidos fora da guerra, o presidente Donald Trump caiu nas garras da política do Partido da Guerra.

Se você acha que isso significa “os israelenses”, está enganado. Eles são o fósforo, mas quem acende o fogo? É esse o papel que Tony Blair, Jonathan Powell, Sir Richard Dearlove, Sir Peter Mandelson e outros da City de Londres estão desempenhando em Washington neste momento? Estamos assistindo a uma repetição do papel de Londres no início da guerra do Iraque, em particular dando a George Bush suas infames dezesseis palavras — “O governo britânico soube que Saddam Hussein recentemente procurou quantidades significativas de urânio na África” — quando não havia armas de destruição em massa no Iraque? Isso é semelhante ao papel que o Ministério da Defesa britânico, por meio de seu Projeto Alquimia, desempenhou nos ataques recentes em território russo que também ameaçam uma guerra nuclear?

Israel possui armas nucleares e termonucleares há mais de 60 anos. Esse segredo feio e aberto é a razão pela qual nações como o Irã, independentemente do que você possa pensar sobre suas políticas, agiram como agiram. Se os locais iranianos não foram de fato destruídos, o perigo é que algum louco das entranhas do Pentágono agora proponha: “O único caminho ‘certo’ a seguir é usar armas nucleares ‘táticas’”.

Pare e pense no que realmente significa a seguinte reportagem da Newsweek, de 20 de junho. “O governo Trump não descartou nenhuma opção, incluindo o uso de armas nucleares táticas, caso decida tomar medidas militares contra a instalação nuclear subterrânea iraniana em Fordow, informou a Fox News, citando um funcionário da Casa Branca”. Em resposta a essas reportagens, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a única coisa responsável: “Tem havido muitas especulações. Isso seria um desenvolvimento catastrófico, mas há tantas especulações que, na verdade, é impossível comentar sobre elas”.

Não importa o que lhe digam, seja a Casa Branca, o Pentágono ou qualquer outra pessoa, não existe tal coisa como o uso de uma arma nuclear “tática”. Nas palavras de Annie Jacobsen, autora de “Nuclear War: A Scenario” (Guerra Nuclear: Um Cenário), “Se uma guerra nuclear começar, ela não terminará até que haja um holocausto nuclear. E isso acontece muito rápido. Não há como ir rapidamente para o seu bunker secreto”.

O que a Rússia faria se os Estados Unidos ou Israel lançassem a primeira bomba nuclear desde Hiroshima e Nagasaki, há 80 anos? Na semana passada, o embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, escreveu ao presidente Trump: “Nenhum presidente em minha vida esteve em uma posição como a sua. Não desde Truman, em 1945”.

Que fique claro: o presidente Truman lançar a bomba atômica em 1945 não foi essencial para acabar com a guerra. Lançar a bomba sobre um Japão que já estava se rendendo foi necessário para iniciar a próxima guerra mundial, planejada pelo britânico Winston Churchill um mês após a morte de Franklin Roosevelt, em abril de 1945. Em maio, Churchill propôs a “Operação Impensável”, um plano para lançar imediatamente bombas nucleares estadunidenses sobre a União Soviética, a fim de “impor a vontade dos Estados Unidos e do Império Britânico”, nas palavras do próprio plano.

O uso de armas nucleares sempre foi errado, nunca foi necessário e nunca é outra coisa senão uma ferramenta da força imperial. Nós, o povo dos Estados Unidos, e nós, os povos do mundo, devemos parar a loucura dos governos e fanáticos. As nações da Maioria Global, e especialmente as nações do BRICS, das quais o Irã é membro, devem ter suas vozes ouvidas. As nações não devem ser levadas à conclusão de que a única maneira de manter e defender sua soberania é construir armas nucleares.

No sudoeste da Ásia, precisamos de um consórcio de países da região, trabalhando com os Estados Unidos, a Rússia e a China, para criar uma zona livre de armas nucleares. A zona deve abranger a adesão de Israel à AIEA (Agência Internacional da Energia Atómica) e a assinatura do Tratado de Não Proliferação, como fez o Irã. Um programa intensivo para o uso pacífico da energia nuclear como fonte de energia, para dessalinização da água e outros fins, precisa envolver todas as nações da região. Uma nova arquitetura de segurança e desenvolvimento, baseada na diplomacia, não em assassinatos e guerras, deve resultar das ações tomadas nas próximas horas e dias.

O período que se avizinha é mais perigoso do que a época da Crise dos Mísseis de Cuba. Agora é hora de agir. Divulgue esta mensagem. Discuta-a de todas as formas possíveis. Ligue para o Congresso e vá aos seus escritórios. Leia e divulgue os Dez Princípios para uma Nova Arquitetura de Segurança e Desenvolvimento propostos por Helga Zepp-LaRouche. 

Cabe ao povo salvar a si mesmo e à própria civilização, manifestando-se e agindo. O mundo precisa ouvir cidadãos livres que digam: “Não aos assassinatos, às mudanças de regime e à guerra termonuclear!” É hora, agora, de mudar nosso mundo, antes que não haja mais mundo para mudar.

 

Para informação adicional, enviar email a [email protected]


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